Manoel de Oliveira nasceu 11 de dezembro de 1908, na freguesia de Cedofeita na cidade do Porto no seio de uma família da alta burguesia nortenha, com origens na pequena fidalguia. É filho de Francisco José de Oliveira (Mosteiro, Vieira do Minho, 1865 - ?), industrial e primeiro fabricante de lâmpadas em Portugal, e de sua mulher Cândida Ferreira Pinto (Santo Ildefonso, Porto, 13 de abril de 1875 - Porto, 2 de julho de 1947). Os seus pais casaram-se na freguesia deLordelo do Ouro, na cidade do Porto.
Ainda jovem foi para A Guarda, na Galiza, onde frequentou um colégio de jesuítas. Admite ter sido sempre mau aluno. Dedicou-se ao atletismo, tendo sido campeão nacional de salto à vara e atleta do Sport Club do Porto, um clube de elite. Ainda antes dos filmes veio o automobilismo e a vida boémia. Eram habituais as tertúlias no Café Diana, na Póvoa de Varzim, com os amigos José Régio, Agustina Bessa-Luís, Luís Amaro de Oliveira, João Marques e outros. Cedo se interessou pelo cinema, o que o levaria a frequentar a escola do cineasta italiano Rino Lupo, quando este se radicou no Porto5 .
Manoel de Oliveira morre no dia 2 de Abril de 2015, vítima de paragem cardíaca. Era considerado o realizador mais velho em atividade. Era também, dos realizadores no ativo, o único que tinha assistido à passagem do cinema mudo ao sonoro e do preto e branco à cor. Manoel já sofria de doenças cardíaca, mas na madrugada de 2 de abril não resistiu e sofreu uma paragem cardíaca. Como Manoel citou a uma entrevista ao diário de noticias "Para mim é pior o sofrimento do que a morte. Pois a morte, é o fim da macacada". Felizmente o realizador conseguiu concretizar o seu último desejo que era "Quero continuar a fazer filmes até à morte". Cabe agora ao parlamento e à sua famílias, decidir se o corpo vai ser transportado ou não até ao Panteão Nacional (local onde estão as figuras mais emblemáticas de Portugal). Manoel era tratado por muitas pessoas como " O Mestre" como uma forma de respeito, e por ter vivido muitos anos de cinema.
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